“Acompanho o Lock há pouco tempo mas gosto essencialmente de alguns posts cientificos que tens. É bom ver alguem a defender o trabalho que fazemos em vez de o atacar de forma ignorante e inconsciente. Mas algo que reparei do decorrer de variadissimos posts teus (Harmony), foi que de algum modo perdeste a esperança na humanidade… Isso deve-se ao teu ponto de vista em relação ao mal que a igreja já causou e por sempre vir a existir religião estarmos presos nesta espiral de ódio e sofrimento ou deve-se a algo mais? Sem mais,
Cookiejarmonster8″
Boas Cookiejarmonster8, agradeço o facto de acompanhares o blog e espero que gostes de alguns posts novos que tenho em mente e farei mal tenha algum tempo… Em resposta há tua pergunta… É publico que não gosto da religião seja ela qual for, tenho motivos para tal e tento sempre transpolos quando necessário. No entanto a “fé” (vou usar o termo) perdida não tem absolutamente nada a ver com qualquer tipo de religiosidade ou falta dela. As pessoas são más… Retiram prazer do mal que fazem aos outros quer seja física, psicológica ou emocionalmente… Costumo afirmar várias vezes que sou uma pessoa estranha. Por norma tenho tendência a acreditar demasiado nas boas intenções de todos e na sua vontade para tornar as coisas melhores, para “descer há terra” tenho o estranho hábito de procurar o lado mais negro de cada um. Assim sendo por vezes quando ando a deambular pelos recantos mais obscuros da internet encontro coisas que certamente grande maioria das pessoas pensa que só existe em filmes… É nessas alturas que me apercebo até que ponto “nós” somos monstros… Violação, homicídio, linchamentos, decapitações, pedofilia, necrofilia, mutilações… É só escolher que está no cardápio… A quantidade de “coisas” aberrantes e completamente doentias que está acessivel a todos é realmente arrepiante… Há alturas que desligo o computador e saio de onde estou para evitar continuar a ver certo tipo de acções… Atenção que não o vejo porque gosto ou simplesmente me é indiferente… É uma forma de entender um pouco os “limites” (ou a falta deles) de cada um e de me manter consciente de como a “moralidade” humana é tão mais subjectiva do que pensamos inicialmente. O incrível é que por vezes estou a passar por uma página dessas ao pé de alguém e o incrível é há quem não fique enojado, incomodado ou repugnado… Pelo contrário! Ficam excitados, felizes e até quase descontrolados ao assistir a certo tipo de videos revoltantes. A verdade é simples, as pessoas são más. Não se preocupam com o sofrimento alheio de forma real e cada vez mais a nossa sociedade cria ambientes que premeiam os mais cruéis, egoístas e egocêntricos… Belo mundo onde vivemos…
O certo é que por vezes esqueço-me do lema que me incuti a mim mesmo…