Pena de morte: Sim ou Não?


Bem, este é um tema em que precisamos de ter uma certa cautela quanto à forma como o abordamos pois é um tema de apelo fácil ao sentimento e à emoção.

Sempre que  a sociedade se depara com um crime mais violentos, principalmente com requintes de malvadez e de crueldade, independentemente da história, a pena de morte surge na palavra de um outro defensor da mesma.

Eu, pessoalmente, sou a favor da pena de morte.

Não me convenço com a prisão perpétua que em por acaso, em Portugal nem existe. Perdoem-me mas penso que uma pessoa que mata outra premeditadamente não merece o ar que respira.

Quando se trata este tema, costumam ser muito invocados os ‘Direitos Humanos’, mas não consigo ver estas pessoas como ‘humanos’. Direitos Humanos? Onde ficaram os direitos humanos da vítima? Devem ter ficado no bolso do homicida. ‘Direitos humanos apenas para humanos direitos‘.

Atenção que não falo de um homicídio acidental, com uma acusação infundada com base em suposições, falo sim de um homicídio premeditado judicialmente provado.

Não concordo que um indivíduo que mate outro premeditadamente vá para  a prisão e tenha melhores condições que as que tinha cá fora, tenha melhores condições que a família do falecido.

Quantas vezes ouvimos na televisões coisas deste género:

Presos insatisfeitos fazem greve de fome e exigem nova PlaySation 3

Pergunto-me… Isto cabe na cabeça de alguém?

Bem, estou a desviar-me do tema do artigo e a entrar no campo do sistema nacional de (in)justiça. Continuando…

Em Portugal, se houvesse um referendo em relação à pena capital, será que sairia aprovado ou reprovado?

Com este post, não tenciono que mudem de opinião em relação a isto, queria apenas ‘desabafar’ visto que este é um tema que temos abordado várias vezes nas aulas.

por Lactus Infinia

14 Respostas to “Pena de morte: Sim ou Não?”


  1. 1 unknownactivity Fevereiro 12, 2011 às 12:37 am

    Não concordo contigo quanto ao facto de liberarmos um fardo bem mais complicado do que a morte.

    Ser-me-ia bem mais complicado privarem-me das pessoas com quem convivo, do meu espaço, da minha liberdade, do sorriso das pessoas “inocentes” que passo pela rua, e que rotina-mente também cumprimento, sei lá…

    Muito mais difícil. Portanto a pena de morte é uma libertação.
    Hoje em dia, até já se cumprem “penas de morte” por via de vacinas anti Dolores… É suposto isto ser penoso?

    A quantidade de pessoas que gostariam de ter essas vacinas, para não ter que ir para a prisão… ^^

    • 2 Lactus Infinia Fevereiro 12, 2011 às 12:41 am

      Por exemplo, em Portugal não há pena de morte nem sequer perpétua, achas que prefeririam morrer, a ficar 15 anos (em Portugal nunca se cumprem os 25 anos) numa prisão onde têm boas condições de vida para uma prisão? Eu acho que preferia a prisão…

      São raros os casos onde pagas mesmo caro pelos crimes que cometes.

  2. 3 UnknownActivity Fevereiro 12, 2011 às 9:04 am

    eu apenas remeti-me ao tema aglutinador: Pena de morte, Sim ou Não?

    O mal das pessoas é esse… a prisão não é suposto ser um castigo… é suposto ser um “modelador” do espírito e da sanidade dos presidiários… o mal é que ninguém ser preocupa dela em fazer com que prisão se torne aquilo que deveria ser, e fazem dela um sitio onde juntam todo o que é “nojo”, deixando-os ser nojo para toda a vida.

  3. 4 UnknownActivity Fevereiro 12, 2011 às 9:05 am

    ´btw: prazer em ver-te amigo 🙂

    • 5 Lactus Infinia Fevereiro 12, 2011 às 11:31 am

      Para mim a prisão deveria funcionar como castigo e como um “modelador” como disseste, o problema é que na maior parte dos casos nunca funciona. Nem como um nem como outro…

  4. 6 Perfect Harmony Fevereiro 13, 2011 às 2:47 am

    Que post bonitinho +.+
    Mesmo como gosto. Vamos lá falar sobre isto então.

    Depois de ler o post e os comentários, cheguei há conclusão que vocês os dois procuram o mesmo objectivo através de métodos diferentes.

    O problema é (como dito acima) a falta de funcionalidade prática das nossas prisões. Não há um sistema capaz de “converter” psicopatas, homicidas, violadores e afins em cidadãos integrados na nossa sociedade. Não irei falar aqui em valores morais pois há demasiada hipocrisia e cinismo no meio da cultura humana mas falarei sim em hipótese… Vamos imaginar que existe agora um equipamento tecnológico, reza ou livro capaz de transformar milagrosamente um homicida em alguém sem qualquer tipo de tendências agressivas ou de algum modo perigosas…

    Será que isto seria socialmente aceite? Claro que não. Por muito que tentemos desesperadamente procurar soluções que evitem magoar ou causar mais ódio, na verdade somos seres incapazes de perdoar… Procuramos sempre o caminho da vingança, do ódio, do “dar a dobrar”… Para quem já viajou pelo mundo ou procura informação para além das barreiras do seu país não encontra muito mais que a destruição da humanidade pelas mãos da própria… O que tentamos procurar com soluções para estes criminosos é a nossa forma de tentar combater os sentimentos com a racionalidade. Infelizmente ou felizmente a racionalidade nem sempre vence e neste caso delicado é um nunca.

    Imaginem que mesmo assim por um minuto todos aceitaríamos a hipotese mágica que tornaria o “mal” em “bem”… E depois? Os sentimentos de frustração, ódio e raiva acumulados na família da pequena criancinha que foi violada, espancada e torturada antes de ser violentamente morta iriam simplesmente dissipar-se?

    Não tenho problemas em admitir que qualquer um que fizesse mal há minha família iria ter consequências graves disso. Seria a altura ideal para finalmente deixar sair o meu “passageiro negro” e destruir fisicamente/psicologicamente/emocionalmente o ser que se atreveu a meter com elas. Acima de tudo eu não ia querer paz nem tão pouco iria perdoar a quem fez tais atrocidades ás pessoas que amo. Pelo perdão de uns iríamos sempre criar novos monstros…

    Onde quero chegar é… Enquanto a humanidade continuar a manter este circulo de ódio, não há “modelador” nem “local” que sirva para resolver eficazmente este tipo de problemas. Por agora, queremos sangue… É triste mas é verdade… Não quero pena de morte, mas infelizmente é o adequado para esta “sociedade”…

  5. 8 paugusto76 Fevereiro 14, 2011 às 12:56 am

    Cá estou eu para deixar o meu contributo para um tema complicado. Há quem diga que eu sou do contra, mas tenho apenas opinião 🙂

    Quanto a este tema, digo não. Digo não pela simples razão que ninguém deve ser juíz sobre outrem a ponto de decidir se outro ser humano merece viver ou morrer. Sim, quer queiram, quer não, tratam-se de ser humanos, pertencem ao mesmo grupo animal que nós, e por não partilharem os mesmos padrões que nós não nos faz seres superiores ao ponto de decidir se merecem viver ou morrer.
    É claro que compreendo as razões e por vezes ao ver casos bárbaros sinto o mesmo: “merece a morte”. E porquê? Porque fazem algo que nos abomina e desperta em nós o sentimento de repulsa. E há casos em que é claro que são culpados, mas há outros casos em que não é tão claro, e aí, como fazes? Pelo mesmo tipo de crime matas uns, mas não matas outros, ou então fazes como a santa inquisição, mata-se todos e Deus que faça a distinção…

    • 9 Perfect Harmony Fevereiro 14, 2011 às 9:20 am

      Patito eu respondi tendo em conta isto:

      “Atenção que não falo de um homicídio acidental, com uma acusação infundada com base em suposições, falo sim de um homicídio premeditado judicialmente provado.” – Lactus Infinia

  6. 10 UnknownActivity Fevereiro 14, 2011 às 11:24 pm

    Queria ver se matassem alguém da vossa família, alguém precioso para vós, se voces ficariam contentes que ele morresse com uma vacina…

    No meu caso, só ficaria contente em velo morrer com uma vacina, se a pudesse usar para lhe esburacar o pescoço.

    Não sou contra a pena de morte por ser cruel, mas pela falta de crueldade que tem com estes “indivíduos”.

  7. 11 UnknownActivity Fevereiro 14, 2011 às 11:29 pm

    A parte mais racional: não é impossível criar um espaço adequado para modelar estas personalidades.

    Bons profissionais, serviço público e tratamento adequado e personalizado a cada individuo.

    Numa prisão tens doentes, de inocentes, gajos que a vida os obrigou a fazer papel de “vilão”, e outros, em minoria (acredito^) , que não passam de escumalha sem coração.

  8. 13 Sooth' Fevereiro 17, 2011 às 9:05 pm

    “Sim, quer queiram, quer não, tratam-se de ser humanos, pertencem ao mesmo grupo animal que nós, e por não partilharem os mesmos padrões que nós não nos faz seres superiores ao ponto de decidir se merecem viver ou morrer.”

    Um cão que morde uma pessoa, teoricamente, deve ser abatido.

    Um ser humano devia ser igual, como tu próprio disseste somos um grupo animal. Não é por sermos mais inteligente ou mais desenvolvidos que sou mais importantes que qualquer outro grupo animal.

    Sou a favor da pena de morte nos seguintes crimes:

    – Violação de adultos/pedofilia, o impacto pode levar pessoas a nunca mais confiarem noutro ser humano do outro sexo ou do mesmo, vai deixar cicatrizes psicológicas e emocionais para o resto da vida, podendo levar ao suicídio em casos extremos;

    – Rapto, razões parecidas às anteriores, deixam marcas psicológicas e emocionais para o resto da vida, talvez não leve ao suicídio (não conheço tais casos), mas agorafobia e síndrome de Estocolmo são coisas um tanto ou quanto complicadas;

    – Homicídio intencional, independentemente de ser premeditado ou no calor da discussão/luta, no caso acidental teria de se avaliar as condições, por exemplo, será que foi pura irresponsabilidade (conduzir embriagado ou dar um tiro à toa) ou foi realmente um acidente…

    Qualquer outro crime seria punido com uma vida na prisão até aos 65 anos (idade na reforma), do qual os reclusos teriam direito a:

    – Cama e roupa lavada numa cela partilhada com pelo menos mais 3 individuos;
    – Casas de banho;
    – Comida;
    – Visitas de familiares;
    – 8 horas por dia de trabalho forçado e bem inspeccionado numa actividade onde se ganhasse o suficiente para cobrir os gastos que eles produzem e se possível, lucrar para o Estado. Por exemplo: Trabalhos agrícolas dentro da prisão, trabalhos de cariz fabril ou oficinas (como se vê, várias vezes, nos filmes), cozinharem a própria comida e lavarem a própria roupa (redução de custos com mão-de-obra), entre outros.
    – Ao fim de 65 anos seria solto com uma reforma mínima e que refaça o resto da sua vida, nem que seja na sarjeta.

    Agora, outro assunto, acho que o post estava um bocado incompleto, um tema deste cariz merecia um texto bastante mais longo, bastante mais completo, mais estruturado e mais centrado no próprio assunto, sem devaneios. (Opinião pessoal e construtiva.)
    Mas o post ficou a ganhar com os comments, ficou mais completo, thumbs up for that. Apenas vim comentar por causa disso, caso contrário teria ficado no meu cantinho.

  9. 14 Sooth' Fevereiro 17, 2011 às 10:17 pm

    “Qualquer outro crime seria punido com uma vida na prisão até aos 65 anos (idade na reforma), do qual os reclusos teriam direito a:”

    Um dos donos do blog já armou barraca por causa disto, lol.

    É óbvio que quando escrevo isto estou a fazer uma generalização, é óbvio que há excepções, como por exemplo, roubar pão para alimentar os filhos… Não me caberia na cabeça fazer o que disse a alguém que cometeu um delito nessa situação.


Deixe uma resposta para Lactus Infinia Cancelar resposta




Indique o seu endereço de email para subscrever este blog e receber notificações de novos posts por email.

Junte-se a 168 outros subscritores

Calendário de posts

Fevereiro 2011
S T Q Q S S D
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28  

RSS Aquela cena Chata

  • Ocorreu um erro; é provável que o feed esteja indisponível. Tente novamente mais tarde.

RSS Feed desconhecido

  • Ocorreu um erro; é provável que o feed esteja indisponível. Tente novamente mais tarde.

Visualizações ao blog

  • 57.753 visitas